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UMA FRASE DE CLAUDIO NUCCI ME DEFINE MUITO BEM: "Sendo Simples eu não complico. Quero o tranquilo sem estar parado e o insatisfeito, sem ser aflito".

domingo, 23 de janeiro de 2011

ROMÂNTICOS - VANDER LEE



Você é Romântico(a)? A postagem desta semana é sobre este assunto...rsrsrsrs...bjs, Zenaide


FELICIDADE, UMA CONQUISTA PARA DOIS



REPORTAGEM: CACILDA GUERRA
TEXTO: WILSON WEIGL


Fórmula para o amor dar certo? Ah, não tem mesmo. Mesmo assim a busca sempre existe.Aqui você pode ouvir a experiência de casais, gente como a gente, psicólogos, médicos, escritores, mestres espirituais. E apreender, por aproximação, o que faz possível um relacionamento estável.


Medo da solidão, necessidade de segurança, arranjo familiar e outros fatores alheios à paixão já motivaram casamentos ao longo dos tempos. Entretanto, o anseio marcante de nossa época é: cada vez mais gente quer viver uma relação afetiva em toda a sua plenitude, em que haja satisfação, troca, compreensão e desejo – e que bom é isso! A fim de encontrar seu par, homens e mulheres se lançam de coração nessa busca, que pode ser tão motivadora quanto exaustiva.


Veja só: freqüentamos lugares com o objetivo de achar a alma gêmea. Claro, antes tomamos o cuidado de selecionar um bar, por exemplo, que ofereça um alto índice de disponíveis (mulheres sozinhas ou homens solteiros). Ou criamos páginas pessoais nos sites de encontros da internet, com fotos e preferências, visitamos as salas de bate-papo. Tudo na esperança de encontrar o amor online.


Quando alcançamos esse objetivo, enfim, segue-se outra empreitada. Começa a construção do relacionamento, uma jornada trilhada passo a passo desde o primeiro encontro. Pois nenhuma relação anda por conta própria nem prescinde de 100% de empenho de ambas as partes. A vida a dois é como uma dança, cujos passos e ritmos mudam, exigindo muito jogo na cintura e equilíbrio no pé. Isso significa flexibilidade e base firme. Senão será só levar e tomar pisão.


SER, ESTAR OU FICAR?


Falta de paciência e tolerância fazem muitos relacionamentos morrerem na praia. Vivemos num tempo e numa sociedade movidos pelo imediatismo, pela busca da satisfação imediata. Muita gente não quer investir tempo para construir o vínculo no aprendizado diário da convivência. “Por muito pouco, os parceiros ficam irremediavelmente insatisfeitos e se separam”, diz a antropóloga Mirian Goldenberg, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro e autora dos livros Ser Homem, Ser Mulher – Dentro e Fora do Casamento (ed. Revan) e Os Novos Desejos (ed. Record).


Essa urgência e falta de disponibilidade para aceitar falhas e imperfeições, segundo a antropóloga, tem raiz na mentalidade de que as pessoas são descartáveis – outro estigma de nossos dias. Mirian reflete: “As novíssimas gerações se mostram pouco dispostas a estabelecer laços”. Exemplo? Ao dar os primeiros passos na vida amorosa, os jovens ficam com cinco, dez parceiros numa noite de balada.


Para o encontro dar certo, é preciso equilibrar os dois pratos da balança: atender às necessidades do outro sem desprezar as nossas, saber dar espaço e conservar o próprio, se empenhar para atingir as metas do casal sem abrir mão dos sonhos pessoais. Precisamos ser um tanto “budistas”, como se diz por aí, e desenvolver atitudes afinadas com essa filosofia oriental – aceitação, tolerância, humildade –, além de resistir à tentação de querer impor ao outro não apenas nossa vontade mas também nosso ritmo e velocidade. A respeito disso, o fundador da psicologia analítica, o suíço Carl Gustav Jung (1875-1961), foi sintético e abrangente: “Onde o amor impera, não há desejo de poder, e onde o poder predomina, há falta de amor. Um é a sombra do outro”.


O CÉREBRO COMANDA A EMOÇÃO: A CIÊNCIA DIZ E COMPROVA


Sabe que existem substâncias químicas agindo no corpo quando uma paixão arrebata ou você vive aquele amor tranqüilo de anos e anos? “O cérebro regula a liberação de neurotransmissores, os responsáveis por emoções associadas ao amor e à paixão”, afirma a cardiologista Marianne J. Legato, professora de medicina da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, onde preside a Partnership for Gender Specific Medicine, um núcleo dedicado a pesquisar as diferenças entre os sexos.


Ao ser liberada no organismo, a dopamina dá a sensação de “como é bom amar”. Já a feniletilamina deixa a gente sentir borboletas no estômago nos primeiros tempos do romance. A adrenalina, por sua vez, faz suar e o coração dispara quando o amado aparece.


“O primeiro entusiasmo do amor e as substâncias químicas associadas a ele não duram para sempre”, ressalta Marianne, autora do livro Por que os Homens Nunca Lembram e as Mulheres Nunca Esquecem? (ed. Campus).top Mas depois que diminui o efeito do coquetel da paixão, outras substâncias trabalham para fortalecer os vínculos do casal, os sentimentos de contentamento e conforto que se estabelecem com o laço. “O cérebro então libera ‘analgésicos naturais’, as mesmas substâncias químicas que permitem a um maratonista atingir a linha de chegada apesar de exausto ou a um soldado continuar lutando mesmo ferido”, explica a médica. Esses analgésicos são as endorfinas e a ocitocina, que promovem as sensações de bem-estar que acompanham a intimidade e o compartilhamento entre duas pessoas. Por isso a última é chamada de “hormônio do afago”.


“Certas pessoas podem ter propensão genética a níveis mais altos de ocitocina. Isso explicaria por que algumas têm mais facilidade de se vincular a outras. Alguns homens e mulheres vivem relacionamentos longos, como se fosse seu estado natural, enquanto outros se desgastam e lutam contra o confinamento, como animais enjaulados”, conclui a especialista americana.






CHAVES DO BUDISMO


Em todas as tradições espirituais encontram-se preceitos para quem se dispõe a construir um vínculo gratificante. A Regra de Ouro, expressa na Bíblia, mas também no judaísmo e no confucionismo, recomenda: trate o outro como você quer ser tratado. A doutrina budista enfatiza outros conceitos importantes para a felicidade. Veja o que diz o monge vietnamita Thich Nhat Hanh no livro Ensinamentos Sobre o Amor (ed. Sextante).


• “Se praticamos a arte de viver juntos com atenção plena, percebemos que a outra pessoa, assim como nós, possui tanto flores quanto lixo dentro de si. Nossa prática é regar as flores sem acrescentar mais lixo. O cônjuge é uma flor. Se você cuidar bem dela, crescerá muito bonita, caso contrário, murchará. Para ajudar no crescimento de uma flor, temos que compreender sua natureza. De quanta água ela necessita? Precisa de pouco ou de muito sol?”


• “Na psicologia budista, a palavra samyojana se refere aos grilhões internos. Quando alguém diz alguma coisa grosseira, ficamos irritados, amarra-se um nó interior. Os nós causados por raiva e mágoa sempre tentam vir à tona. Precisamos reconhecê- los no momento em que se formam e encontrar formas de desatá-los enquanto estão frouxos. Do contrário, vão se tornando cada vez mais apertados e fortes.” “Talvez uma pessoa tenha a impressão de saber tudo a respeito do cônjuge, mas não é assim. Os cientistas nucleares estudam uma partícula de poeira durante anos e não tem a pretensão de conhecer tudo sobre ela. Então, como pode alguém saber tudo sobre o companheiro?”


VIVER EM HARMONIA, UM APRENDIZADO


Para o amor florescer é preciso regá-lo com atenção, carinho. A psicóloga Márcia Maranhão Limongi, de São Paulo, joga algumas sementes.


Ganhar uma flor sem mais essa nem aquela. O que a gente entende desse gesto é: gosto de você, não se esqueça disso. Depois de algum tempo de convívio, fica-se tão bitolado pela rotina e pela falta de cerimônia que se esquece de mostrar ao outro o quanto ele é especial. Se você gosta, por que haveria de ser diferente com o outro?


“Você sabe o que estou pensando!” Se essa frase está sempre em sua boca, atenção. Seu parceiro não tem o dom da telepatia. Exponha com franqueza suas necessidades, seus desejos, diga por A mais B por que ele pisou na bola. E se você nutre expectativas em relação a ele (claro, quem não faz isso?), não exagere.






A mania de jogar a toalha no chão do banheiro, a tampa do vaso levantada, o copo marcando a madeira da mesa. Será que mancadas assim devem pesar na equação da felicidade? Não faça tempestade por bobagem, pois isso desgasta inutilmente os dois. Assim sobram tempo e energia para lidar com os conflitos realmente graves.


Tente encarar os pequenos problemas de convivência com bom humor. Não se trata de rir do parceiro, mas rir com ele. Mostrar o ridículo de uma briga boba com um olhar carinhoso ou uma piada, por exemplo, desarma o outro e ajuda a descontrair o clima.


Tenha a humildade de reconhecer seus erros e pedir desculpas quando necessário. Mesmo se perceber tardiamente que estava errado ou deu mesmo mancada, nada melhor que consertar a situação com um sonoro pedido de perdão – ou um bilhetinho carinhoso...


“LIBERDADE E ACEITAÇÃO. NISSO ESTÁ O AMOR DE VERDADE”
TEXTO: FABIE SPIVACK


Nestes tempos em que tanta gente se pergunta: “Onde encontro o amor?”, o britânico Mike George, consultor na área de recursos humanos, escritor e professor de meditação, é radical: “Ser amado é apenas a recompensa por dar o amor que se tem dentro de si”. Em sua passagem pelo Brasil para ministrar palestras e apresentar seu mais novo livro – Viva Melhor: os 7 Clicks Essenciais para uma Vida sem Estresse (ed. Publifolha) –, George deu entrevista a BONS FLUIDOS, em que frisou a importância de nutrir a semente amorosa.


BF – Por que o amor acaba sendo tão difícil de encontrar?


MIKE GEORGE – Para a maior parte das pessoas, essa é uma procura longa e desgastante porque 99,9% delas estão aprisionadas por mitos e perderam a percepção do que vem a ser o amor verdadeiro. O sintoma dessa perda é a confusão, que as leva a buscar desesperadamente o amor nas outras pessoas, quase sempre com o desapontamento como saldo. Acreditamos que só seremos felizes quando tivermos amor, enquanto a verdade é o oposto. Encontramos a felicidade quando damos amor, como recompensa por esse gesto.


BF – Como nutrir a energia amorosa?


MG – O amor está em todos nós, pois cada ser humano é um recipiente dessa energia, a mais poderosa do Universo. Mas temos de nutri-la a fim de tê-la à disposição para oferecer aos outros. Quando negamos a energia do amor para as pessoas, não existe troca, então bloqueamos o fluxo em nós. O amor está no coração, e ele nunca nos faltará, mas podemos perder a consciência disso. É quando o procuramos na aprovação das outras pessoas, no reconhecimento ou até mesmo na fama. Claro que também recebemos amor de outras pessoas, mas é preciso atenção para não ficarmos dependentes do que vem de fora. Já a terceira fonte onde se nutrir de amor o coração é Deus. Independentemente de religião ou doutrina, todos compartilhamos o mesmo pai espiritual, a fonte do amor mais puro.


BF – Qual é a principal causa do fracasso das relações?


MG – O amor verdadeiro se alimenta de complacência, aceitação e liberdade e não de expectativa, apego e vontade de controlar o outro. É como uma borboleta pousada em nossa mão. Se fecharmos a mão, não temos mais a borboleta. Precisamos, portanto, deixá-la livre para voar. Se ela não voltar é porque não tinha que voltar. O amor sempre é uma mão aberta, que liberta e não prende. É também um paradoxo porque, quanto mais abrimos a mão, mais chance há de a borboleta voltar.


BF – Quem ama sofre pelo ser amado?


MG – Não, esse é um conceito falso. Se o amor machuca, não é amor. Pode ser raiva, medo, tristeza, carência, mas não amor. Também aprendemos que a preocupação é sinônimo de cuidado. Não, não é. Preocupar-se é medo. Cuidar é amor.


GOSTAR DEMAIS NEM SEMPRE É BOM


TEXTO: FANNY ZYGBAND E LILIANE ORAGGIO


“Exagerado, jogado a teus pés, eu sou mesmo exagerado. Por você eu largo tudo, carreira, dinheiro, canudo.” Na letra de Cazuza, esse amor parece lindo, mas na vida real pode sinalizar um desequilíbrio nada romântico, que afeta homens e mulheres: a co-dependência.“Assim como há viciados em álcool e droga, há gente que precisa de gente para se sentir bem”, define o psicólogo paulista Vicente Galvão Parizi. “A interdependência faz parte de todos os relacionamentos, o que varia é o grau em que ocorre. A relação começa a sair do eixo quando um desloca para o outro o centro da própria vida e passa a gravitar em torno do parceiro.”


Quem ama além da medida quer agradar e reter o parceiro, diz sim quando quer dizer não e se sente responsável pelo sucesso ou fracasso da relação.“Na co-dependência, você precisa exageradamente do olhar e da aprovação externa para se sentir bonito, inteligente, especial”, afirma a especialista em marketing e administração Sandra Maia, autora dos livros Eu Faço Tudo por Você – Histórias de Relacionamentos Co-Dependentes e Você Está Disponível? – Um Caminho para o Amor Pleno (ed. Celebris).


São muitos os casos como o de Helenice Oliveira (nome fictício), paulista, 30 anos. O marido era o centro de sua vida e, quando ele ficava de mau humor, ela achava que tinha feito algo errado. Se ele não queria ir a algum lugar, ela também não ia.“Eu era muito tímida e ele me deu vida. Comecei a sair, conhecer pessoas, descobrir o mundo. Não conseguia fazer nada sem ele, me sentia sem chão”, lembra ela, uma das coordenadoras do grupo Coda – Co-Dependentes Anônimos.


“O primeiro passo é reconhecer que a síndrome existe. Depois se conscientizar de que é necessário procurar ajuda para saber como o padrão se formou.Vale ler sobre o assunto e freqüentar grupos de apoio, que ajudam a compreender as situações”, indica o psicólogo Vicente Parizi.


Para trazer de volta a energia que dirigia aos outros, Sandra utilizou dança, pintura, ioga e reeducação postural (RPG) para se centrar e colocar os pés no chão. Buscou a terapia e, nesse caminho, descobriu também a dimensão espiritual da vida.“ Comecei a me desapegar de antigas idéias, crenças e coisas materiais”, lembra. “O saldo é que, em vez de se sentir responsável pelo outro, você assume a responsabilidade por sua própria vida.” Aí, então, é possível amar.


COM A FORÇA DO GRUPO
Nestes sites, você encontra endereços de grupos de co-dependência.
• Co-Dependentes Anônimos (Coda):www.codabrasil.org
• Mulheres que Amam Demais (Mada):www.grupomada.com.br
(Texto extraído da revista bons fluidos: http://www.uol.com.br/)

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