Quem sou eu
- ZENLUZ
- UMA FRASE DE CLAUDIO NUCCI ME DEFINE MUITO BEM: "Sendo Simples eu não complico. Quero o tranquilo sem estar parado e o insatisfeito, sem ser aflito".
REFLEXÕES SOBRE A ARTE DE APRENDER A AMAR
MEDO
Quando nossos olhos se cruzam,
Um raio desce por minhas vértebras.
Percebo que isso te incomoda,
Seu corpo se retesa e busca uma fuga!
Foge e passa a me evitar...
Fico magoada, tentando te entender.
Penso e resolvo dar tempo ao tempo;
Então, outro olhar, outra fuga!
Já não sei mais de quem é o problema,
Será eu ou é você?
Porque tanto medo de amar?
O que você tem medo de descobrir
Dentro de mim?
ZenLuz – 30/03/2003 - 10:26 hs.
LENHA NA FOGUEIRA
Olhar que vaga distante,
Cruza com outro no espaço,
Assustado, foge do momento.
Corpo que treme de desejo,
Retesa músculos, foge agoniado,
Esperando despertar deste pesadelo.
Desejo que arde,
Vira lenha na fogueira,
Que devora quem a alimenta.
Mas, a fumaça que sobe,
Vira perfume para os sentidos
De quem espera outro momento.
ZenLuz – Go. 02/04/2003
TEMPESTADE
Nas voltas que vida dá,
Momentos são tempestades,
Raios que pipocam no ar...
Saneada pela tempestade,
Os momentos se tornam leves,
O Sorriso fica doce.
De repente,
O vento chega devagarzinho,
Mas não consegue soprar meus pensamentos,
Marasmo no tempo...a espera de nova Tempestade.
ZenLuz - 08/04/2003
BARCO QUEBRADO
Momento mágico surge no encontro,
Uma alma toca em outra,
A música suave da presença.
E, refletem o sol em seus caminhos.
O tempo quebra expectativas,
Envelhece o corpo, embranquece os cabelos,
Mata os sonhos.
E, apaga a lua dos desejos.
Diante da tempestade inesperada,
Luto para que o barco não se afunde,
Vejo seus olhos que vagam assustados,
Tentando acreditar que vamos sobreviver.
Mas, do barco que se quebra na tempestade,
Restam apenas pedaços em que nos agarramos,
E, o objetivo principal é sobreviver...
Viver... sem paixão, sobreviver....
Voltar... .buscar a magia do inicio,
Se torna obsessão de quem não acredita no fim.
O Barco vai se partindo ao encontro das águas.
E não consigo nada que cole e apaga cicatrizes.
(Maio/2003)
INDIFERENÇA
Vaga em meu peito uma dor aguda,
O punhal da indiferença fere e maltrata,
Com sua lâmina enferrujada arrebenta,
O vaso do ódio,
Para que a infecção se alastre por minhas veias.
Contaminada,
Fujo de meus sentimentos,
Longe deles,
Não desculpo suas faltas,
E num raio de clarividência,
Percebo que você nunca me amou.
(Agosto, 2003)
FÊNIX ACOVARDADA
Vi no seu olhar
A luz que buscava para viver,
REVIVER.
Mergulhei nessa luz,
Impaciente com as sombras
Que me atormentavam.
No mergulho fiquei tonta,
Assustada, volto à superfície,
Me perguntando o que aconteceu?
Porque voltei sozinha?
As indagações que me faço
Não encontram respostas,
Volto a procura de um olhar
Que conhecia cheio de luz.
Decepcionada, constato que a luz se apagou,
Me devolvendo as trevas da solidão.
Hoje, vivo me perguntando
Sobre o que vi ou deixei de ver, naquele mergulho.
Que parte eu perdi, esqueci...?
Não sei! Agora fica só a certeza
Que perdi a coragem de mergulhar na luz
E REVIVER.
ZenLuz, Goiânia, 26/08/2003
Assinar:
Postagens (Atom)